terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cateterismo Intermitente Limpo - CIL


Cateterismo Intermitente Limpo


I. Introdução
A Disfunção Vesico-esfincteriana de origem neurológica, mais conhecida como Bexiga Neurogênica, é uma afecção crônica ligada à presença de malformações congênitas que acomete principalmente as crianças. Os distúrbios miccionais causados por alterações neurológicas tem sido a principal causa de lesão do trato urinário no grupo etário pediátrico. A mais freqüente lesão medular congênita é a mielomeningocele.  Estas crianças tanto podem apresentar alteração no armazenamento vesical caracterizada pela incontinência urinária, como retenção devido ao mau esvaziamento do conteúdo vesical. Tanto em uma situação como na outra, há presença de urina residual.  
O distúrbio na dinâmica de armazenamento e esvaziamento da bexiga associado à presença de urina residual e à ocorrência de infecções urinárias de repetição leva à deterioração renal progressiva. Com o comprometimento da função do reservatório a urina pode ser armazenada sob altas pressões e este quadro pode ser piorado pela hiperatividade da musculatura vesical principalmente quando esta estiver associada à resistência esfincteriana na eliminação urinária.    
O tratamento da disfunção vesico-esfincteriana deve evitar e/ou prevenir a perda da função renal por meio do esvaziamento vesical completo, prevenir as infecções urinárias recorrentes, controlar a pressão intravesical e, se possível, alcançar a continência urinária. Esta proposta tem sido conseguida com a implementação cada vez mais precoce do Cateterismo Intermitente Limpo(CIL) associado ou não, ao uso de drogas anticolinérgicas.
O cateterismo intermitente foi proposto por Guttmann em 1966, porém a técnica de cateterização proposta foi a estéril necessitando de um médico ou de uma enfermeira para executá-la.  Em 1972, Lapides e colaboradores lançaram a idéia de que o cateterismo intermitente não precisava ser estéril e devia ser realizado, sempre que possível, pelo próprio paciente.
A efetividade do CIL em crianças portadoras de disfunção vesico-esfincteriana repercute em melhora e/ou estabilização do quadro urológico, minimização de infecções urinárias sintomáticas, apesar da bacteriúria assintomática persistente e, em algumas situações, à aquisição da continência urinária.
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5 comentários:

  1. MUITO, MUITO, MUITO BOMMMMMM. ARRASOU MARIA JOSÉ. TEXTO SIMPLES E ALTAMENTE EXPLICATIVO. PARABÉNS, CONTINUE NOS PRESTIGIANDO COM SUAS EXPLICAÇÕES CLARAS E OBJETIVAS.

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    1. Oi, Telma! Obrigada pela visita e pelo carinho. Conte comigo, sempre!

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