Cateterismo Intermitente Limpo
I. Introdução
A Disfunção Vesico-esfincteriana de origem neurológica,
mais conhecida como Bexiga Neurogênica, é uma afecção crônica ligada à presença
de malformações congênitas que acomete principalmente as crianças. Os
distúrbios miccionais causados por alterações neurológicas tem sido a principal
causa de lesão do trato urinário no grupo etário pediátrico. A mais freqüente
lesão medular congênita é a mielomeningocele. Estas crianças tanto podem apresentar
alteração no armazenamento vesical caracterizada pela incontinência urinária,
como retenção devido ao mau esvaziamento do conteúdo vesical. Tanto em uma
situação como na outra, há presença de urina residual.
O distúrbio na dinâmica de armazenamento e esvaziamento da
bexiga associado à presença de urina residual e à ocorrência de infecções
urinárias de repetição leva à deterioração renal progressiva. Com o
comprometimento da função do reservatório a urina pode ser armazenada sob altas
pressões e este quadro pode ser piorado pela hiperatividade da musculatura vesical
principalmente quando esta estiver associada à resistência esfincteriana na
eliminação urinária.
O tratamento da disfunção vesico-esfincteriana deve evitar
e/ou prevenir a perda da função renal por meio do esvaziamento vesical
completo, prevenir as infecções urinárias recorrentes, controlar a pressão
intravesical e, se possível, alcançar a continência urinária. Esta
proposta tem sido conseguida com a implementação cada vez mais precoce do Cateterismo
Intermitente Limpo(CIL) associado ou não, ao uso de drogas anticolinérgicas.
O cateterismo intermitente foi proposto por Guttmann em
1966, porém a técnica de cateterização proposta foi a estéril necessitando de
um médico ou de uma enfermeira para executá-la. Em 1972, Lapides e colaboradores lançaram a
idéia de que o cateterismo intermitente não precisava ser estéril e devia ser
realizado, sempre que possível, pelo próprio paciente.
A efetividade do CIL em crianças portadoras de disfunção
vesico-esfincteriana repercute em melhora e/ou estabilização do quadro
urológico, minimização de infecções urinárias sintomáticas, apesar da
bacteriúria assintomática persistente e, em algumas situações, à aquisição da
continência urinária.
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MUITO, MUITO, MUITO BOMMMMMM. ARRASOU MARIA JOSÉ. TEXTO SIMPLES E ALTAMENTE EXPLICATIVO. PARABÉNS, CONTINUE NOS PRESTIGIANDO COM SUAS EXPLICAÇÕES CLARAS E OBJETIVAS.
ResponderExcluirOi, Telma! Obrigada pela visita e pelo carinho. Conte comigo, sempre!
ExcluirMuito bom texto !!! Parabéns
ResponderExcluirObrigada!
ExcluirObrigada!
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