Você
sabe o que é?
Por
que falar de Mielomeningocele num blog de Urologia Pediátrica?
A
Mielomeningocele é uma doença neurológica que varia muito de uma criança para outra.
Mas...
Todas
as suas formas afetam o aparelho urinário e nem todos os médicos encaminham
estas crianças para avaliação e acompanhamento do Urologista Pediátrico.
Uma
pena! Infelizmente, muitas destas crianças portadoras de Mielomeningocele, só
chegam ao Uropediatra depois que já tiveram prejuízos irreversíveis em seu
trato urinário. Pior ainda, quando este prejuízo trata-se de lesão renal.
Se
você conhece alguma criança portadora de Mielomeningocele que não é acompanhada
por um Urologista Pediátrico, aconselhe, pegue no pé, insista!
Prevenir
lesão renal é possível. E, não existe nenhum outro especialista médico mais
capacitado que o Urologista Pediátrico para cuidar do trato urinário destas
crianças.
Numa
situação ideal, o acompanhamento do Urologista Pediátrico deve começar com o
diagnóstico intraútero, isto é: antes da criança nascer.
Na
maioria das vezes, a criança portadora de Mielomeningocele chega ao nosso serviço,
no NUPEP (Núcleo de Urologia Pediátrica da Escola Paulista de Medicina),
portando algum nível de prejuízo ao trato urinário. Uma pena!
Mielomeningocele
Também
conhecida como espinha bífida, é uma anomalia congênita, ou seja, uma
malformação que se desenvolve ainda dentro do útero em torno da 3ª a 5ª semana
de gestação. É uma anomalia do sistema nervoso caracterizada pelo fechamento
parcial do tubo neural (da coluna).
Ela
pode se apresentar de diferentes formas. Pode ser oculta e assintomática (Espinha
Bífida Oculta), apresentar as meninges expostas (Meningocele) ou, além das
meninges, a medula e as raízes nervosas podem estar expostas
(Mielomeningocele).
Além
disto, esta malformação pode atingir diferentes regiões da medula espinhal
podendo ser cervical, torácica, lombar ou sacral; sendo que cada uma dessas
localizações pode levar a um problema diferente, tais como: alterações sensoriais,
motoras e cognitivas lembrando que essas alterações são variáveis e “pessoais”.
E
a tal da Hidrocefalia?
Mais
ou menos 80% das crianças portadoras de Mielomeningocele são portadoras de Hidrocefalia,
situação causada pela obstrução do fluxo cérebro-espinhal (liquor), promovendo
seu acúmulo anormal na cavidade craniana.
Todos
esses problemas e dificuldades que vão surgindo geram uma situação de exclusão
social que muitas vezes dificultam, e muito, os cuidados necessários para
melhorar, inclusive, a qualidade de vida destas crianças.
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Colaboração
de Suellen Santos.
Obrigada!
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